Sinopse
Novíssimas Cartas Portuguesas
O julgamento das 3 Marias foi o primeiro momento do movimento feminista português com projecção internacional. Agitou as águas estagnadas da ditadura e foi um grito ensurdecedor para o mundo. Que impacto teve a obra pela qual foram julgadas? Quão diferentes são as nossas vidas hoje? No 50º aniversário do livro e, 50º aniversário do 25 de abril, o documentário Novíssimas Cartas Portuguesas celebra a obra, a coragem e as mulheres. Todas as mulheres.
O documentário volta às protagonistas iniciais com entrevistas inéditas a Maria Teresa Horta, Helena Neves ou Ana Campos e discute as novas fronteiras do que é ser mulher, entrevistando Rita Rato, Sara Barros Leitão, mulheres trans, mulheres negras e jovens.
“Novíssimas Cartas Portuguesas”, um documentário que traz um olhar sobre os feminismos do séc. XXI usando as lentes dessa obra que inspirou Simone de Beauvoir, Marguerite Duras e tantas gerações de feministas daí em diante.
Agenda
Eventos agendados para os próximos dias
Setúbal
Agrupamento Lima de Freitas
As Novíssimas vão à Escola
Setúbal
Escola Sebastião da Gama
As Novíssimas vão à Escola
Corvo, Açores
Biblioteca Municipal
Projeção e debate
Iniciativas
Festivais, Iniciativas, Projeção e Debate e As Novíssimas Vão à Escola
Sobre Nós
Em 2021, um colectivo de mulheres feministas quis participar e comemorar a obra escrita por Maria Velho da Costa, Maria Isabel Barreno e Maria Teresa Horta. A missão era produzir uma pequena obra documental que pudesse ir às escolas mostrar o retrato das mulheres antes do 25 de abril, as mulheres de que as 3 Marias falavam no livro e descobrir se estas representações da mulher ainda existem nos dias que correm.
Em 9 meses fizemos as “Novíssimas Cartas Portuguesas” porque precisávamos de não nos esquecer e de insistir nesta memória histórica que é tantas vezes abafada por outros protagonistas da revolução. Mas esta é uma das historias que revelam a coragem e determinação de 3 mulheres para derrubarem a ditadura. Maria Velho da Costa, Maria Teresa Horta e Maria Isabel Barreno em 1971, começaram a escrever textos de prosa, poesia, ensaio, teatro que rebentaram os “costumes”. Falaram sobre o sexo, o corpo da mulher, a sexualidade, o aborto, a guerra, a ocupação do território além mar e fizeram-no de forma destemida.
Somos designers, editoras, produtoras, tradutoras, professoras, amigas, companheiras de discussão sobre feminismos e companheiras nas lutas contra as desigualdades.
A Nossa Missão
Reforçar a memória sobre as obras de autoras que contibuiram para o derrube da ditadura e cuja qualidade artistica é incontornável. Enfatizar a relevância atual dos acontecimentos feministas, tanto atuais como passados, e que permitem a construção e afirmação da democracia
Consciencializar as populações mais jovens das desigualdades sistémicas, combatendo-as
Equipa
Catherine Boutaud
Ilustradora e cineasta. Licenciou-se em Artes Aplicadas na escola Lisaa em Nantes (França) antes de vir para Portugal em 2007 onde seguiu o curso Cinema e Imagem em Movimento na escola Ar.co em Lisboa durante 3 anos. Do desenho à gravura, da instalação ao cinema, procura retratar o íntimo.
Em 2017 realizou a sua segunda curta-metragem «Os Corpos que Pensam», premiada no IndieLisboa na categoria Novíssimos.
Integrou em 2022 a equipa de programação do festival IndieLisboa.
Cecília Honório
Cecília Honório é professora de História e investigadora integrada doutorada no CHAM (Centro de Humanidades da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa), no Grupo de Investigação “Pensamento Moderno e Contemporâneo”. Obteve o seu doutoramento em História e Teoria das Ideias, com especialização em História das Ideias Políticas, pela FCSH-UNL (Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa).
Além do seu perfil académico, Cecília Honório também se envolveu ativamente na esfera política e institucional. Entre 2011 e 2015, e antes disso, entre 2009 e 2011, foi deputada na Assembleia da República, representando o círculo de Faro, na XI e XII legislaturas. Também desempenhou o papel de assessora do vereador do Bloco de Esquerda na Câmara Municipal de Lisboa, de 2018 a 2021. Durante a IX legislatura, assumiu interinamente o cargo de deputada em diferentes períodos.
Os seus interesses académicos concentram-se no pensamento político moderno e contemporâneo, com especial atenção para questões como a extrema-direita, estudos de mulheres e o papel das mulheres na Revolução. Cecília Honório é autora e coordenadora de diversas publicações relevantes nesses temas, incluindo “Novas e Velhas Extremas-Direitas” (2021), “O Espectro dos Populismos” (2018) e “Mulheres Contra a Ditadura – MUD Juvenil (1946-1957)” (2014), entre outras. A sua produção académica é ampla e abrange desde estudos sobre ideias políticas até análises sobre a participação das mulheres na sociedade portuguesa.
Eva Esteves
Nasci numa madrugada gelada de Novembro de 1987 em solo Alentejano. Desde cedo que soube que tinha uma veia artística, e desde cedo comecei a cantar. A música levou-me ao Cinema, onde me licenciei, o Cinema levou-me ao Som, onde me pós graduei e onde logo comecei a trabalhar como editora e designer de som. E o Som trouxe-me de volta à música, onde agora exploro a Produção Musical, e me exploro enquanto artista.
Entrei para a equipa das Novíssimas para fazer pós-produção áudio, e perdi-me na sua história e nos depoimentos enquanto trabalhava. Muito grata por este documentário tão importante e tão necessário!
Irina Pampim Silva
Nasceu em 1982, alentejana, socióloga e estudante de Mestrado em Urbanismo Sustentável e Ordenamento do Território na NOVA-FCSH. Começou a fazer produção em festivais, passou pela política e hoje é produtora da websérie Cidades Impossíveis e da obra documental “Novíssimas Cartas Portuguesas”. É feminista, mamã e ativista. Trabalha n’A Produtora, onde faz gestão de projeto, consultoria e produção de eventos e iniciativas relevantes.
Paula Miranda
Há vinte anos a cortar e colar imagens e som. É montadora mas não frequentou a escola de cinema, estudou Belas Artes em Inglaterra e foi ali que descobriu a beleza de fazer filmes. Rapidamente percebeu que onde se sentia em casa era na criação de narrativas com imagens em movimento, o que naturalmente a levou a enveredar pela montagem. Andou por Roma, Barcelona e Nova Iorque a contar histórias em várias línguas e em 2010 acabou por aterrar de novo em Lisboa onde ainda hoje trabalha como freelancer nas áreas de publicidade, televisão, documentário e cinema. Gosta de ficção mas tem um espacinho especial no coração para encaixar a vida real (e as temáticas que ela traz consigo) dentro de um écran.
Em 2021 reuniu-se com um grupo de colegas profissionais da área e juntas fundaram a MUTIM, onde debatem e impulsionam o papel da mulher no cinema e audiovisual em Portugal.
Pedro Ivo Carvalho
Midiálogo e artista multimídia pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).
Além de desenvolver trabalhos autorais, Pedro Ivo trabalha no mercado audiovisual como realizador/diretor, montador e diretor de fotografia.
Tem especial interesse em estudos de história da arte (a história das formas), na dialética figurativo-abstrato e na história da cultura. Desenvolve como experimentação estudos da imagem em movimento, do suporte (matéria vs virtual), da relação temporal entre imagem, retina, som e ruído.
Telma Tavares
Fã de séries de TV, lançou a loja online Forevers and Evers de merchandising da série da RTP “Pôr do Sol”. Viciada em música indie, concertos e memes do Twitter.
Vera Palos
Nasceu na Covilhã e é licenciada em Línguas Aplicadas pela Universidade do Minho e Mestre em Tradução pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Passou por trabalhos em call centres e um canal de desportos radicais e atualmente trabalha como tradutora e assistente de backoffice. Tendo sempre como ponto de partida a escrita feminista e interseccional, já legendou documentários: “Six Women, One Seed”, “Cidades Impossíveis” e “Novíssimas Cartas Portuguesas”. Traduziu o capítulo 7 do livro “Novas e Velhas Extremas-Direitas” intitulado “A Liga de Salvini. Do Secessionismo Padano ao Nacionalismo Italiano” e, mais recentemente, a peça de teatro “Tom Vinagre” de Caryl Churchill com encenação de Carolina Serrão.
Exibições
Queres debater a obra Novas Cartas Portuguesas e a sua atualidade na tua escola, cine-teatro ou Município?
As Novíssimas Cartas Portuguesas estão a calendarizar
o seu périplo pelo país!
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